ORE, MEU IRMÃO, ORE.
Oramos em diferentes situações, que podem ser caracterizadas pelos extremos tanto da eufórica alegria como da profunda tristeza. E que bom saber, que independente de como estamos e da situação ao nosso redor, o nosso Pai celestial sempre ouve a nossa voz e jamais rejeita a nossa oração. Mas embora saibamos disso, corremos o risco de, em períodos de extrema crise e abatimento, rejeitarmos a preciosidade da oração, que é a respiração da nossa alma.
Todos os dias chegam na presença do Senhor milhares e milhares de orações: dos alegres e dos entristecidos; dos animados e dos abatidos; dos fortes e dos fracos; dos realizados e dos frustrados; dos com vigor e dos sem vigor algum; dos mais crentes e dos menos crentes; dos compassivos e dos legalistas; dos mais santos e dos mais pecadores; dos mais fervorosos e dos mais frios; dos mais espirituais e dos mais carnais. Orações de gente como a gente; uns mais agradáveis aos olhos de Deus, outros nem tão agradáveis assim; mas todos com acesso ao trono da graça. Vou repetir: trono da GRAÇA. Se orarem, serão ouvidos.
Tenho aprendido que gente que ora apenas quando tudo vai muito bem no plano de sua alma, é gente que ainda não entendeu que a oração também é o clamor de uma alma ferida em direção Àquele que pode curá-la e restaurá-la. E você há de concordar comigo, que chega a ser assustadora a quantidade de vezes que necessitamos dessa cura e restauração. Podemos nos maquiar e embelezar diante das pessoas, diante de Deus jamais.
Quando olho para minha vida de oração, percebo que ela se dá em meio aos campos verdejantes e águas tranquilas, mas com algumas passagens pelo vale da sombra da morte, sempre com a companhia do Supremo Pastor que nunca nos deixa. Houve momentos em que a experiência da oração foi como se eu estivesse no céu, cercado de delícias e prazeres; mas também houve momentos em que me senti como se estivesse no abismo, cercado por angústias e dores. E neles pude ver e aprender, que por mais alto que seja o céu ou mais profundo que seja o abismo, a oração sempre terá o seu lugar e o Pai estará sempre perto o suficiente para ouví-la, mesmo que ela seja apenas um sussurro do coração.
Para que oremos em todo tempo e sem cessar, precisamos entender e crer, que o que dá livre acesso para que nossas orações cheguem até os ouvidos do Pai, não são nossos méritos ou conquistas e nem tão pouco a maneira em que vivemos, por mais piedosa que possa ser. Só existe um caminho para o Pai e este caminho é Jesus Cristo. Se oramos confiados no nome e autoridade de Jesus, não importa nosso estado atual, o que o Pai vê sobre nós é o sangue de Seu Filho e o que chega aos Seus ouvidos são os gemidos inexprimíveis do Espírito Santo, que o Filho, após ressurreto dentre os mortos, enviou ao nosso coração e que por nós intercede (Rm 8.26).
Existe uma frase, de autoria por mim desconhecida, que diz: "Deus nos ama como somos, mas Ele nos ama demais para permitir que permaneçamos da mesma forma." Creio profundamente no que ela diz, assim como creio no que diz a frase registrada abaixo:
"Sempre que Deus tenciona exercer misericórdia para com o seu povo, a primeira coisa que faz é levá-lo a orar." Matthew Henry
Deus abençoe sua vida!
No amor de Cristo,
Pr. Júnior
